Rian Dutra virou meu Império Romano

SXSW 2025: Tendências, inovações e BH marcam presença no evento

Você já viu aquele meme que pergunta:

“Com que frequência você pensa no Império Romano?”

A ideia é brincar com aquelas coisas que a gente pensa com frequência, quase de forma automática, sem um motivo racional aparente.

Pois bem… o meu “Império Romano” tem nome, sobrenome e perfil no LinkedIn:

Rian Dutra, MSc.

Desde que ele postou um vídeo dizendo que muita gente conhecia a cara dele, mas não lembrava do nome, eu simplesmente não consigo mais esquecer o nome dele.

Se você não lembra, eu te mostro agora:

 

E isso, pra mim, foi uma aula disfarçada de desabafo.

Ou melhor: foi uma demonstração prática de branding recall.


Afinal, o que é branding recall — e por que isso importa tanto?

Branding recall, ou recordação espontânea de marca, é a capacidade que uma marca tem de ser lembrada naturalmente por alguém em uma situação de consumo, decisão ou associação — sem estímulo visual direto.

Essa lembrança é fruto de um conjunto de fatores estratégicos: frequência, consistência, posicionamento, tom de voz, linguagem visual e emocional.

É diferente do reconhecimento (quando alguém vê sua marca e diz “ah, eu conheço“).

No recall, a pessoa lembra de você sem nem estar te vendo.


Por que isso é importante?

Porque as pessoas não compram de quem elas esquecem.

Você pode ter o melhor serviço, o melhor conteúdo, o melhor discurso.

Mas se a sua marca não é lembrada na hora certa, você está perdendo oportunidades — invisivelmente.

Segundo um estudo da Nielsen, marcas com alto nível de brand recall podem ter até 60% mais chances de serem escolhidas na hora da decisão de compra, comparadas a marcas que dependem apenas de reconhecimento visual.

Outro dado interessante da Harvard Business Review:

“Marcas que conseguem ser associadas a memórias emocionais específicas aumentam em até 3x o engajamento e a intenção de compra.”

Ou seja: lembrança gera escolha.

E o conteúdo que você publica é uma das ferramentas mais poderosas pra construir essa lembrança.


O que constrói recall de marca?

Não é só sobre aparecer. É sobre criar associações consistentes na mente das pessoas.

Pra isso, alguns pilares são fundamentais:

  • 🔁 Repetição estratégica

Não é só repetir o que você faz — é repetir de forma criativa, com diferentes formatos, ângulos e contextos.

Você pode dizer a mesma coisa de mil jeitos. O segredo é manter o fio condutor da sua marca sempre presente.

  • 🧩 Clareza de posicionamento

Se você fala sobre tudo, ninguém sabe do que você fala.

O conteúdo precisa deixar claro quem você é, no que você acredita e por que isso importa.

Sem isso, você vira só mais uma voz no meio do ruído.

  • 🧠 Criação de gatilhos mentais e sensoriais

Cor, frase, expressão, tom, ritmo, estética.

Tudo isso contribui pra criar pontos de ancoragem mental.

Quando bem usados, viram o que a psicologia chama de “heurísticas de reconhecimento” — atalhos que fazem a mente associar ideias de forma rápida e emocional.

  • 🎭 Memória emocional

Marcas que fazem rir, chorar, refletir ou questionar têm mais chance de serem lembradas.

Você pode ser leve e divertido, ou sério e técnico. Mas precisa gerar alguma emoção.

O cérebro guarda o que mexe com ele.


Visibilidade sem posicionamento = esquecimento

O caso do Rian me marcou porque ele já era visível.

O conteúdo era bom, a linguagem era única, o valor estava ali.

Mas se o nome não grudava… alguma coisa estava falhando.

Isso acontece com muita gente:

Você viraliza, mas não fixa.

Recebe likes, mas não constrói lembrança.

Ganha views, mas não vira referência.

E isso é mais comum do que parece, principalmente quando o conteúdo é feito sem intenção estratégica.


Como o conteúdo pode (e deve) trabalhar o recall da marca

Se conteúdo é o veículo, brandingé o GPS.

E a rota precisa ser clara. Aqui vão alguns pontos essenciais pra transformar conteúdo em ferramenta de lembrança de marca:

1. Consistência visual e verbal

Pessoas reconhecem antes de lembrar.

Use uma paleta coerente, uma estética reconhecível e, principalmente, uma voz única.

Se sua marca falasse, como ela soaria? Isso precisa estar no conteúdo — sempre.

2. Repetição inteligente

“Mas eu já falei disso!”

Fale de novo. E de novo. E de novo.

Branding é sobre repetição com intenção. Não se constrói lembrança sem exposição frequente.

3. Sinais de identidade

Frases, expressões, jargões, jeitos de se apresentar.

Você pode (e deve) ter bordões ou estruturas que reforcem quem você é e o que você defende. O “Just Do It” da Nike é só um exemplo clássico disso.

4. Narrativas e símbolos

Marcas que contam histórias fixam mais fácil.

Pense em metáforas, analogias, personagens, memes (sim, memes também!) que ajudem a traduzir conceitos complexos em imagens mentais fáceis de lembrar.

5. Humano > Perfeito

O vídeo do Rian Dutra, MSc.me marcou porque foi humano, real.

Falar de identidade, esquecer o próprio nome, rir disso e ainda transformar em insight?

Isso conecta. E conexão emocional é o caminho mais rápido pro recall.


O conteúdo que gruda

Como estrategista de conteúdo, vejo isso todos os dias:

  • Marcas que querem ser lembradas, mas têm medo de se repetir.
  • Profissionais que falam de tudo, menos de si mesmos.
  • Gente talentosa se escondendo atrás de fórmulas que não colam.

E eu entendo.

Falar com intenção exige coragem.

Repetir com propósito exige estratégia.

Se posicionar exige consistência.

Mas é isso que transforma conteúdo em marca. Likes não constroem autoridade.

Lembrança sim.


E aí, qual é o seu Império Romano?

O meu continua sendo o Rian Dutra.

E com todo respeito, espero que o seu seja você mesmo.

Se as pessoas lembram do seu conteúdo, mas não lembram de você, talvez esteja na hora de revisar seu posicionamento.

Porque no fim do dia…

“Não basta ser visto. É preciso ser lembrado.”

E esse é o tipo de conteúdo que eu acredito, defendo e entrego todos os dias.


Então eu te pergunto…

🧠 O que você repete com tanta consistência que as pessoas lembram de você na fila do pão?

📌 Qual sentimento você provoca com a sua marca pessoal ou comercial?

💡 O que você faz hoje que poderia virar lembrança amanhã?


No fim das contas…

O Rian venceu.

Virou meu Império Romano pessoal. E talvez o de muita gente também.

Que isso sirva de lembrete pra quem trabalha com conteúdo: Seja interessante o suficiente pra morar de graça na cabeça de alguém.


💬 Bora conversar?

Se você quer transformar seu conteúdo em uma marca que gruda, engaja e é lembrada, me chama.

Eu posso te ajudar a criar estratégias que façam as pessoas lembrar de você antes mesmo de abrir o feed.

📩 Só mandar um alô por aqui ou no meu site: caelmartins.com

__

Cael Martins

Estrategista de conteúdo que acredita em ideias simples que grudam.

(criador da Uai, Cael! e provavelmente o seu próximo Império Romano 🏛️)

Leave A Comment