WMcCann aposta em creators e lança Content Studios
- sr.cmartinz
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Na guerra por atenção, agências estão se munindo de influência
WMcCann lança Content Studios: influência, conteúdo e dados estão agora no mesmo jogo
A segunda temporada da Uai, Cael! estreia acompanhando um movimento cada vez mais estratégico no mercado publicitário: a profissionalização das estruturas de conteúdo dentro das agências.
Quem entra em cena com força agora é a WMcCann, com o lançamento do seu Content Studios, uma unidade pensada para integrar conteúdo, social media e influência com foco em cultura, dados e personalização.
A primeira célula do Content Studios está sendo implantada na unidade carioca da WMcCann, com a proposta de criar hubs customizados para os clientes, aproximando áreas que antes operavam de forma mais fragmentada.
A ideia é simples na teoria, mas potente na prática: construir relevância em tempo real com inteligência e criatividade conectadas.
Uma estrutura modular e estratégica
O Content Studios não é apenas um time criativo novo. É uma estrutura de entrega multidisciplinar, pensada para unir conteúdo proprietário, ativações com creators e estratégias de influência de forma fluida, sempre orientada por dados e pela cultura de cada marca.
O modelo permite a formação de times customizados por cliente, otimizando processos, aumentando a agilidade e diminuindo o ruído entre estratégia e execução. Um passo estratégico em um momento em que os formatos tradicionais de agência já não dão conta da velocidade das conversas digitais
Reforço de peso no time
Para dar corpo a essa operação, a WMcCann reforçou o time com nomes como:
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Hela Roberta, que assume como Head of Concept do Content Studios
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Maria Carregal, que entra como gerente de conteúdo
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E a liderança criativa local comandada por Dani Ribeiro (CCO), Márcio Borges (VP Executivo e diretor-geral da WMcCann Rio), além dos diretores de criação João Resende e Felipe Gomes
A unidade fluminense serve como piloto para a expansão do modelo, que está alinhado com uma tendência global do McCann Worldgroup. Hubs semelhantes já operam em regiões como Sudeste Asiático e Oriente Médio, unificando áreas como social, conteúdo, mídia e influência.
O mercado de creators já não é só tendência, é infraestrutura de marca
O marketing de influência deixou de ser uma aposta isolada para virar pilar estratégico nas maiores operações do mercado. De acordo com a Meio & Mensagem, a movimentação das agências mostra que os creators estão sendo incorporados às estruturas internas de planejamento e conteúdo, não só como mídia, mas como vozes criativas, culturais e comerciais das marcas.
Além disso, a creator economy já movimenta cerca de US$ 250 bilhões globalmente, e projeta-se que atinja US$ 500 bilhões até 2028, segundo estimativas do Goldman Sachs. Hoje, não se trata apenas de contratar um influenciador. Trata-se de cocriar com quem já tem comunidade, linguagem e relevância.
Marcas que enxergam creators não apenas como canais de distribuição, mas como ativos criativos, conseguem construir conexões mais profundas, espontâneas e, principalmente, alinhadas com o comportamento real do consumidor.
Com a fragmentação das audiências, os creators se tornaram o novo “prime time”. E quem entende isso, não faz publi: faz presença.
Um movimento que não é só da WMcCann
A WMcCann não está sozinha nessa virada. Como destaca a reportagem da Meio & Mensagem, agências e holdings vêm se movimentando para estruturar ou internalizar operações voltadas ao marketing de influência e conteúdo.
A ascensão de creators como potência criativa e comercial está exigindo novos modelos operacionais, novas métricas e novas lideranças. Exemplos disso são:
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A Ogilvy, que tem ampliado sua atuação com foco em creator economy
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A Publicis Groupe, que adquiriu recentemente a plataforma de influenciadores Captiv8
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DOJO, que fez spin-off de sua unidade dedicada à creator economy, Moshi
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e a GREY BRASIL, do WPP, que lançou a Grey Creators Intelligence.
Ou seja, o mercado entendeu que conteúdo e influência não são tendências. São estruturas.
O que isso tudo nos diz?
A criação do Content Studios é mais do que uma boa jogada de relações públicas. É um sintoma claro de que o conteúdo deixou de ser o “pós” da estratégia e passou a ser o centro dela.
Num cenário em que as marcas precisam de consistência, cultura, performance e posicionamento, simultaneamente, estruturas como essa são um avanço necessário. Mas também lançam um alerta.
Não basta ter um estúdio de conteúdo, é preciso ter propósito editorial, agilidade real e coragem criativa.
E aqui vai minha provocação:
💭 O problema nunca foi “fazer conteúdo”. O desafio real é pensar conteúdo como negócio. E é isso que separa quem só posta de quem constrói marca.
💬 Bora criar conteúdo que conecta?
Se você quer que sua marca não só fale, mas seja ouvida, cocriada e vivida pelo seu público, me chama.
Eu posso te ajudar a montar estratégias que unam criatividade, dados e influência, transformando creators em aliados do seu sucesso.
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